A HORA DA LUTA
RESUMO
A
obra foi escrita pelo autor Álvaro Cardoso, em que a ação se desenvolve na
década de 60, momento de turbulência da sociedade brasileira. A narrativa
inicia com o relato de Beto, em que esse aborda a sua chegada a São Paulo, onde
se hospedou na academia Atlas em que trabalha o seu amigo de infância Batata.
Beto obtém o seu primeiro emprego. Em seguida matricula-se no Caetano de Campo
e mantém encontros regulares com a sua namorada Lúcia Helena, com quem briga
constantemente e realiza alguns retornos a cidade de Americana.
Beto
junto com seus colegas conhece os primeiros estudantes políticos, isso fez
ingressar na atividade política. Ocorre o golpe militar de Março de 1964 e tem
início a repressão política. O protagonista chega a perder o emprego no banco e
acaba seu relacionamento com sua namorada Lúcia Helena. Roberto entra em
confronto com Mário Antônio (ex-namorado de Lúcia Helena) por causa da namorada
e é salvo por Batata.
Por
fim, Beto arranjou um novo emprego e voltou a namorar com a mulher de sua vida,
a qual tanto amava. Lúcia Helena.
ANÁLISE DA OBRA
Personagens
·
Protagonista:
É
o personagem principal o qual acaba ganhando mais destaque na narrativa. No
romance o personagem principal é indiscutivelmente Beto. Pois, ele que mais
participa da história Beto é o apelido de Roberto, além de protagonista é
também narrador
·
Antagonista:
É
o personagem que de alguma forma se opõe ao protagonista, seja através de suas
características ou de suas atitudes. É o vilão da história.
·
Secundário:
É
aquele com menor representividade no enredo. Servem de ajuda, de confidente do
protagonista ou do antagonista. Na obra de Álvaro Cardoso, os personagens
secundários importantes são: Batata, Lúcia Helena, Valentim, Fernanda
Outros
personagens secundários: Seu Tonico, Lelo, Tia Cenoura, Tia Cenira, Seu Alves,
Santana, Nelson, Seu Altair, Dona Nini, Geraldo, João Luís, Ferreira, Souza,
Tolido, Oliveira, Vanteir, Severino, Massaíto, Tomazim, Bernardo, Barão,
Ferreti e Bonecona.
Narrador
O
narrador apresentado na história é o narrador-personagem. Apresenta uma forma
rígida na primeira pessoa. O narrador É também personagem protagonista, é ele
que conduz a narrativa do inicio ao fim.
Tempo
O
tempo, nem sempre é determinado nas narrativas, é o tempo ficcional, interno ao
texto, que liga os fatos de um enredo.
O
tempo utilizado pode ser cronológico ou psicológico.
No
tempo cronológico: usam-se quando narra uma história de maneira linear, na
ordem natural dos fatos, do começo até o fim.
Já
na ordem natural, ou seja, a ordem não está ligada à sequência dos fatos, a
narração se dá a partir da imaginação do narrador, então esse é o tempo
psicológico.
No
romance A Hora da Luta, o tempo é cronológico,
pois apresenta uma narração de forma linear com inicio, meio e fim. O narrador
inicia o relato com sua chegada a São Paulo até o final quando relata o namoro
com Lúcia Helena.
Tudo
isso é contado pelo narrador de forma cronológica, havendo alguns momentos de
lembrava de episódios de sua vida em Americana, com essas recordações o tempo
passa a ser psicológico. Mas o tempo predominante é o cronológico
Espaço
As
ações principais do romance se desenvolvem na cidade de São Paulo. Os
personagens agem, principalmente por locais
abertos como Estação da Luz, Praça
da Sé, Rua Maria Antonia, Perdizes, além de locais fechados como os prédios da
USP e Caetano de Campo, hotéis, botequins, bares, academias, pensões,
rodoviárias e a casa de D. Olívia.
Algumas
ações também se desenvolvem nas cidades de Americana
e Santos. Em Americana, há locais fechados como as casas de Beto e Lúcia Helena.
SOBRE O AUTOR
ÁLVARO CARDOSO DE GOMES
Álvaro
Cardoso Gomes nasceu em Batatais, interior de São Paulo, em 28 de março de
1944. Mas foi em Americana, ainda no interior de São Paulo, onde concluiu o
curso secundário, que desenvolveu o gosto pela leitura e pela escrita. Essa
cidade o marcou a tal ponto que se tornou o cenário da maioria dos seus livros.
Em 1964, foi para São Paulo e trabalhou algum tempo como bancário, para poder pagar os estudos. Formou-se em Português no curso de Letras da Universidade de São Paulo, onde é professor titular, possui graduação em Letras Vernáculas (1968), doutorado em letras (Literatura Portuguesa) e livre-docência pela mesma universidade (1973 e 1981)
Em 1964, foi para São Paulo e trabalhou algum tempo como bancário, para poder pagar os estudos. Formou-se em Português no curso de Letras da Universidade de São Paulo, onde é professor titular, possui graduação em Letras Vernáculas (1968), doutorado em letras (Literatura Portuguesa) e livre-docência pela mesma universidade (1973 e 1981)
Foi
também em São Paulo, onde começou a publicar seus livros estreando com "A
tela de Aranha", em 1978.
Atualmente
é professor titular da Universidade São Marcos, no programa de pós-graduação
interdisciplinar "Educação, comunicação, administração". Exerceu o
cargo de coordenador do curso de Letras da USP (1997-1999) do curso de Letras
da Universidade São Marcos (1999-2000) e de Pró-Reitor de graduação na mesma Universidade
(2000-2003), especializando-se na administração de cursos, na orientação e
direção do corpo docente, na elaboração de grades curriculares, de acordo com
orientação do MEC.
Como
docente, tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Comparada,
atuando principalmente, com os seguintes tópicos: poesia, romance
contemporâneo, lirimos e artes plásticas. É também crítico como desenhista da
revista "Visão" e como professor de Literatura Brasileira na
University of Califórnia, Berkeley, no ano de 1983.