ASSASSINATO NA
FLORESTA
RESUMO
Assassinato na floresta narra à história de Ivo
Cotoxó, jornalista investigativo da tribuna da pátria, o qual recebe uma missão
de investigar a morte supostamente natural da seringueira Raimunda Maria da
Silva. Esta mãe de três filhos, viúva, cabocla, anônima, semi-analfabetizada,
que vivia da extração de látex no meio da floresta, cansada de ser explorada
por seringalista ela foi a fundadora de uma cooperativa autônima, sem depender
do governo, de particulares, de fazendeiro e de banqueiros, cuja função era
aumentar o aproveitamento e o lucro proporcionado pela retirada de bens
provenientes da natureza. Ela queria acima de tudo liberta-se da escravidão a
que os seringueiros se submetem há mais de um século e meio.
A seringueira Raimunda Maria da Silva foi
encontrada morta no meio da floresta junto a uma cobra a sua provável assassina
(Raimunda foi “envenenada por uma picada de cobra”). A morte de Raimunda foi
investigada por Ivo. Indícios são descobertos de que algo muito mais complexo
que um simples bote natural de cobra envolve o caso: havia um crime. Uma
história repleta de mistérios, com entidades internacionais mostrando-se
envolvidos no caso. Esta investigação teve inicio quando Mauricio Benjamim deu
a missão a Ivo Cotoxó de escrever sobre a morte da Raimunda. O reporte teve
vontade de “matar” o chefe, pois escrever sobre a morte de uma pessoa anônima
só poderia ser um dos planos invejosos e macabros do chefe. Como corria o risco
de perder o emprego se desobedecesse a essa ordem. Ivo não tinha outra escolha
então ele acabou indo realizar seu trabalho.
Ao chegar a Benjamim Constante, Ivo Cotoxó conhece
Firmino explorador de matas que o leva ao seringal e ao barraco dos filhos de
Raimunda (Cândido Rondon de Silva, Osvaldo Araguaia da Silva e Anita Garibaldi
da Silva- demonstrando que apesar de ser analfabeta Raimunda possuía uma
consciência social e ecológica ao escolher esses nomes para seus filhos). A
história começa a mudar quando um dos filhos mostra a cobra que matara Raimunda
era cascavel, tipo de cobra rara de ser encontrada na Amazônia. A hipótese
naquele momento passou a ser de assassinato e não mais de uma triste
fatalidade. Ivo num encontro tem contato com uma tribo indígena, os Karamarins.
Depois de demonstra coragem e agilidade Cotoxó recebe o apelido de Pavaru
(Pássaro típico da região).
Ninguém podia imaginar que a morte de uma cabocla,
que extraia látex no meio da floresta, levantasse tanta polêmica nos meios
nacionais e internacionais. Com um trabalho minucioso e persistente, Cotoxó
resolveu uma trama que ameaçou governos. Além disso, descobriu aspectos bem
desagradáveis da atual realidade brasileira, mostrando que se existi centenas
de anônimos lutando em favor das questões ecológicas, há também organização de
“fachada” manipulada por perigosos bandidos. Cujo fim é o enriquecimento
ilícito. Depois de desvendar aos assassinos de Raimunda, Ivo Cotoxó retorna a
São Paulo com a certeza de que a luta na Amazônia ainda continuara por muito
tempo. Sabe que sempre que desaparecer não ter fim. Em benjamim Constante ficou
Juçara para prosseguir o sonho de Raimunda: o de salva a Amazônia
ANÁLISE DA OBRA
Personagens
·
Protagonista:
Ivo Cotoxó, repórter do jornal “Tribuna da Pátria”
é o personagem que investiga a morte da seringalista Raimunda que de início
parece ter sido uma morte natural, mas com o trabalho minucioso de Ivo descobre
que foi uma morte natural recebe o nome indígena de pavaru.
·
Antagonista:
Mauricio Benjamim, chefe Fe Ivo Cotoxó, ele vai
sempre contra as idéias do jovem jornalista, segundo Ivo Cotoxó o chefe tem inveja
dele.
·
Secundários:
o
Abélio Soares à Jagunço, pago para matar Raimunda;
o
Amazônio à Filho de Firmino;
o
Anita Garibaldi da
Silva à Caçula de Raimunda;
o
Boneca à Cadela fox-terrier;
o
Cândido Rondon da
Silva à Filho mais velho de Raimunda;
o
Carlão peixinho à Fazendeiro em Santarém;
o Comendador Franco Fedeni à Vice president World
Ecology Foundation;
o
Dagoberto Resende à Deputado federal;
o
Darcy Monteiro à Jagunço, pago para matar Raimunda;
o
Doutor Marcio Vital
Penteado Sobrinho à Delegado de polícia;
o
Firmino à Mateiro que leva Ivo até a casa onde Raimunda morava;
o
Gelson Hermenegildo à Deputado federal;
o
João Alves à Jagunço, pago para matar Raimunda;
o
João Evangelista de
Souza à Médico-legista que mandou desenterrar o corpo de Raimunda
e sua família;
o
João seringalista à Negociante de Benjamim Constante;
o
Jussara Manaura dos
Santos à Sobrinha de João Seringalista, e acompanha Ivo em sua
viajem para desvendar a morte de Raimunda;
o
Kadjopidá à Líder do knamares;
o
Leo Sinuca à Investigador de policia e não pensava duas antes de matar;
o
Metuo à Professor de judô;
o
Norminha à Namorada de Ivo Cotoxó;
o
Osvaldo Araguaia da
Silva à Filho do meio de Raimunda;
o
Professor Leôncio à Líder rural, também conhecido como lilico cavanhaque;
o
Raimunda Maria da
Silva à Líder seringueira em Benjamim Constante, assassinada em
meio à floresta Amazônica;
o Sir James Archebald Scott à President ad World Ecology
Foundation;
o
Thomas Richard à Cientista norte-americano;
o
Tizuca à Chefe do banco de dados da tribuna da pátria e Ra japonesinha;
o
U.J.B. à Jornalista baiano.
Tempo
O tempo utilizado na narrativa pode ser
cronológico, psicológico ou pode até não existir (indeterminado). O tempo da
narrativa é predominante cronológico, ou seja, todo ele é marcado por uma
sequência lógica e temporal das ações. A ação se inicia com o personagem
central na academia de judô e termina com Ivo Cotoxó. Toda sequência é marcada
por elementos temporais
Narrador
Encontra-se na terceira pessoa onde o narrador sabe
o que vai acontecer com o personagem. Todos os acontecimentos com o
protagonista são relatados por esse narrador que se identifica como um velho
conhecedor dos detalhes profissionais do repórter Ivo Cotoxó: Apesar da
narrativa iniciar em primeira pessoa o fato central não é relatado pelo narrador
como personagem, ou seja, ele não interfere nos acontecimentos. Portanto, o
foco narrativo encontra-se na terceira pessoa que possui uma visão de fora
constituída através do ponto de vista objetivo do narrador.
Espaço
É local da realização das ações apresentadas no
texto. Se houver fatos na história, haverá menor veracidade de espaços. Se na
narrativa contiver muitos acontecimentos, a verdade de espaços será maior.
Já na obra em questão, as ações se passam em dois
espaços aberto e maiores: São Paulo e Amazônia. Em São Paulo, as ações se
desenvolvem na redação do jornal Tribuna da Pátria e em alguns lugares da
capital paulista. Os espaços menores e fechados são o apartamento de Ivo Cotoxó e a casa
do jornalista baiano. Na Amazônia, as cidades de Benjamin Constante e Tabatinga
são os espaços principais, destacando-se as florestas e as tribos (espaços
abertos) e ocorrem também ações na colônia, na cidade de Letícia.
Introdução
É o inicio da historia, em que se coloca o leitor a
par do que será narrado. Na introdução são delineados os personagens, o local e
o tempo onde os fatos ocorreram.
Analisando a obra, a introdução começa quando Ivo
Cotoxó chega tribuna da pátria onde encontra o seu chefe “Mauricio Benjamim”
lhe dar o trabalho de investigar a morte aparentemente natural da seringueira
Raimunda.
Desenvolvimento
É algo que acontece ou algum personagem que toma
uma atitude fora do esperado e que transforma a ordem natural da sequência, são
as primeiras complicações da narrativa.
Começa quando Ivo Cotoxó embarca para Benjamim
Constante para começar as investigações. E termina quando o filho de Raimunda
mostra a cobra que matou a sua mãe, uma cascavel que não é comum naquela
região.
Clímax
É o momento de maior tensão, no qual o conflito
chega ao ponto máximo. Quando Ivo reúne todos os indícios de que Raimunda foi
assassinada e doutro Márcio Vital por meio de pressão obriga os três suspeitos
a confessar o crime.
Desfecho
É quando resolve (ou não) o conflito gerado na
complicação. A confissão dos três suspeitos e quando Ivo chega à tribuna com os
mistérios relevados e surpreende o chefe com seu ótimo trabalho.
SOBRE O AUTOR
PAULO RANGEL
Nasceu no Rio de Janeiro. Passou parte da infância
no interior de São Paulo. Aos sete anos foi para a capital, onde concluiu os
cursos primários, secundário e universitário. Formou-se na faculdade de Direito
da USP. Na fase acadêmica dirigiu os jornais O Libertador e O XI de Agosto,
este órgão oficial do centro acadêmico, que na época recebeu o prêmio de ministério
da educação com a melhor publicação universitária do país; recriou o grupo
teatral, quando traduziu e representou a peça, Corrupção no Palácio da Justiça,
de Ugo Btti, cuja montagem ganhou quatro prêmios no festival de teatro amador.
No terceiro ano da academia juntou-se a uma
comitiva de sete colegas e realizou plano de divulgação cultural do Brasil em
dezenas de universidade das três Américas. Depois de um ano de excursão, de
avião, navio, e principalmente de automóvel, pela rodovia Panamericana, retornou
ao Brasil viajando de Bogotá até Letícia na Colômbia. Permaneceu uma temporada
em Manaus e Belém tendo voltado, outras vezes, a região amazônica.
Deu assessoria a jornais. Montou consultoria de
marketing social e político para oferecer planos alternativos de administração
pública e prefeitos e governadores. Em 1987 concluiu que a época das pequenas
aventuras havia acabado e iniciou a mais perigosa das loucuras no Brasil, que é
viver de literatura. Paulo Rangel mora no Rio de Janeiro, é casado com Silvia e
tem dói filhos, Rodrigo e Mariana
Algumas de suas obras são:
·
Os semeadores da via
láctea
·
Renato Leoa
·
Mariana e o lobo mal